De nada adianta o caminhar
adiante se as direções estão opostas, elas que pareciam andar na mesma seta.
Um esforço unilateral
quebrando conceitos, atualizando emoções, aceitando diferenças, em vão.
Abrem-se lacunas, abismos
nos sentimentos. Um gostar demasiado, transbordante, porém, trançado por
pegadas solitárias.
De nada adianta aceitar ou
propor opções quando não há um ceder, uma vontade de se doar, um querer estar
quando saltitam outras atrações. Quando tudo parece mesmo uma soma entre
o útil e o agradável, uma camuflagem das preferências.
De nada adianta se até a
chuva parece mais bonita que o sol, o dia que a noite, o não que o sim.
Não há jogo saudável se as
partes perdem. Sem ganhadores, sem inocentes.
De nada adiantam avisos,
lembretes, toques e apelos quando não levados em boa consideração, quando a
corda está toda arrebentada de um lado só.
Competição invisível essa
de se chegar a lugar algum, que assola o dia, inquieta a noite, apavora o
coração, altera o tom da voz, o compasso das emoções e esfria as veias.
Acredita-se em tempo dos
tempos, aquele que barra o avanço desleal rumo ao – por vezes doloroso – avanço
construtivo, na busca incessante de possibilidades.
Hora certa! De repousar as
ações, ausentar-se para balanço, renovar ideias, abrir os olhos e preparar o voo
para adiante voltar a acreditar.
Deh Christina